quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Autobiografia Fantástica do Diony

                  Nasci há dez mil anos, em uma cidade chamada Quebra Coco próxima da grande São Paulo.

            Morei até meus sete mil e duzentos anos em uma cidade vizinha: Olheiros. Porém em 2013 mudei para uma escola numa cidade entre essas duas: Xique-Xique.

            Então, eu passava mais tempo na cidade da minha escola do que na que eu morava.

            Essa não foi a primeira vez que isso aconteceu, já que dos meus quatro mil setecentos e dezenove anos até meu aniversário de cinco mil eu estudei em outra que ficava há alguns quilômetros de Quebra Coco, ou seja, era o único que precisava acordar duas horas antes de todos.

            Não sou um empresário de grande sucesso, nem mesmo alguém famoso, na verdade nunca sai na mídia, sou uma pessoa normal, só com alguns anos a mais que o natural.

            Sou “novo”, pelo menos para fazer uma Autobiografia, mas tenho algumas histórias muito marcantes e que hoje em dia me fazem rir, pois me mostram como o homem e/ou o mundo ficou.

            Como da vez em que o império romano se dividiu e eu sabia que ele iria cair, me ignoraram e olha no que deu. Na época do crash da bolsa eu aconselhei Franklin Roosevelt a tomar aquelas decisões.

            Primeira Guerra Mundial? Já estive, a Segunda? Posso contar sem precisar pensar muito. Lembro como se fosse ontem que eu e Neil Armstrong jogamos futebol na lua.

            Se fosse contar todas as minhas experiências que adquiri com Stalin e Trotsky teríamos que fazer outra revolução, enfim para uma pessoa que vive há apenas dez mil anos eu tenho bastante história e para aquele que provar que estou mentindo, eu tiro o meu chapéu.

            Meus pais? Sempre estiveram comigo, eles querendo ou não. Porque para uma pessoa como eu, que ainda não tem muita experiência na vida, chega ser difícil caminhar sozinho.

            Penso em um futuro não muito distante virar um testador de tobogãs ou de camas, sim esses empregos existem, além de ir para a casa de minha avó em Marte, eu costumava ir a cada trezentas semanas, mas agora estou diminuindo esse ritmo, não porque eu não goste desse planeta vermelho, até porque eu geralmente passava mais tempo lá do que aqui nas minhas férias e em grande parte da minha infância.

            Só que as coisas aqui na Terra andam meio corridas, essa nova escola que estou está dificultando um pouco isso e mesmo com mais de dez mil anos ainda continuo estudando, pois é algo que a mente nunca se cansa de fazer, além é claro a minha vida social que apesar de eu ter muitos amigos, às vezes não tenho tempo para todos, algo que acaba atrapalhando, no entanto estou com uma convicção de que terei mais tempo para eles nestas férias.

            Também tem o meu passaporte interplanetário que preciso renovar, ele existe e foi criado na época da Guerra Fria, caso um país explodisse o outro, entretanto tenho certeza que antes do apocalipse eu conseguirei ir, e se ficou interessado em saber quando ocorrerá o dia do juízo final ele vai acontecer no dia...
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            A Autobiografia é um Gênero Textual que mescla características Narrativa e Descritiva.

            Segundo o  “Minidicionário Escolar da Língua Portuguesa” (2007, p. 102), Autobiografia é a vida de um indivíduo escrita por ele mesmo.

            Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação no Centro Educacional Vila Verde, sob a orientação do Prof. Esp. Flávio B. S. dos Santos.


FONTE

SILVEIRA, Bueno. Minidicionário Escolar da Língua Portuguesa.2.ed. São Paulo. Editora FTD, 2007.


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